BLOG DO ARI
Campinas, SP, 17 (AFI) – Desencadeamento de conflito entre torcidas de grandes clubes da capital paulista implicou acertadamente na decisão de torcida única nos jogos entre eles, favorecendo apenas o clube mandante.
Ótimo. Situação resolvida e sem prejuízo para quaisquer das partes, visto que o aumento da margem de segurança nos estádios motivou famílias inteiras a frequentá-los.
Muitas crianças são flagradas por câmeras de televisão e vibrando com os seus clubes prediletos. E mesmo aquelas agremiações em situação intermediária na classificação ainda arrastam público satisfatório como mandantes, e entre elas é questão fechada que assim deve continuar.
CAMPINAS
Problema é que deram para Campinas igual tratamento destinado aos grandes clubes, quando visitam Guarani e Ponte Preta.
Aí desconsideram que exclusivamente torcedores locais colocam em média de um quarto a um terço da capacidade de seus respectivos estádios, em seus jogos.
Com o aumento significativo das despesas nos jogos com exames antidoping, ambulâncias e custo com o VAR, geralmente resta receita ínfima ou nem escapam do prejuízo.
LIBERAÇÃO
Dirão que a selvageria de torcedores de organizadas ainda não permite que outros tantos ordeiros de Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos tenham acesso aos Estádios Brinco de Ouro e Moisés Lucarelli.
Sim, se não traçarem um plano bem arquitetado para resguardar torcedores adversários, evidente que as coisas tendem a continuar como dantes, no quartel de Abrantes.
Na atual conjuntura, deve sim ser ‘abortado’ qualquer projeto que junte num mesmo estádio torcedores dos rivais campineiro, no tradicional dérbi.
Aí não tem jeito, mesmo.
Todavia, por que não, experimentalmente, elaborarem projeto que envolva Polícia Militar, Ministério Público e responsáveis por cada grupo de organizadas dos grandes clubes, para se tratar do regramento visando evitar conflitos entre adversários, com passo inicial de se selar pacto para exclusão de acompanhamento daquele torcedores descontrolados, que geram tumulto.
CADASTRO
Quando se propõe cadastros de torcedores de organizadas, claro que não se exclui aqueles de Guarani e Ponte Preta, pois naquele meio também são identificados alguns perversos.
Lógico que os demais torcedores adversários devem ser devidamente cadastrados e monitorados por câmeras desde as imediações até áreas internas dos estádios, já de posse dos ingressos com custo dobrado em relação àqueles de setores populares da torcida local, e que sejam direcionados a uma das cabeceiras dos estádios de Campinas.
Que tal se determinar concentração de torcedores visitantes em local específico que dista do estádio em questão, para que sejam direcionados ao local da partida com o devido acompanhamento policial, e com previsão de chegada cerca de 40 minutos antes do apito inicial da arbitragem.
Por prudência, recomenda-se a dispersão deles dos estádios de Campinas somente meia hora depois do encerramento da partida em questão, ocasião em que torcedores do clube mandante já estiverem distantes do local.
Enfim, seriam medidas preliminares que, implementadas a outras em estudo, podem servir de solução de problemas.
O que tem que se pensar é em aumento de público nos jogos em Campinas.
