Campinas, SP, 1 (AFI) – A indicação de Dorival Júnior para dirigir a Seleção Brasileira ainda continua a provocar comentários negativos de alguns jornalistas e até de muitos torcedores. Eles batem na tecla de que o ex-técnico do São Paulo não tem gabarito ou currículo para dirigir uma seleção e que antes dele, há outros treinadores (brasileiros ou europeus) com potencial para assumir esse cargo. Eu não concordo.
Acho que chegou mesmo a vez de Dorival, que vinha numa sequência de conquistas que super valorizaram seu currículo e que o colocaram na primeira prateleira de treinadores em nosso País. Só para lembrar, antes de assumir o São Paulo, ele já havia conquistado dois títulos importantes pelo Flamengo e ao chegar ao Tricolor paulistano, ele garantiu que ganharia um título importante ainda durante a temporada 2023.
DORIVAL CUMPRIU PROMESSA NO SÃO PAULO
Cumpriu a promessa. Levantou a taça de campeão da Copa do Brasil, um título inédito na história do clube do Morumbi. Antes disso, já havia levantado outras 9 taças em outros clubes, como a de campeão paulista e campeão brasileiro, além de outras, também com muito peso.
No Brasil, por sinal, só um treinador está acima dele entre os treinadores que atuam no Brasil: Abel Ferreira, do Palmeiras. Os outros estão abaixo dele, neste momento, o que justifica a escolha feita pelo Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, quando o italiano Carlo Ancelotti, resolveu renovar com o Real Madrid.
Prá mim, erro de verdade, Ednaldo cometeu quando convocou Fernando Diniz para dirigir a Seleção até que Ancelotti definisse se viria ou não dirigir nossa seleção. Diniz tem mais de vinte anos de carreira e ganhou de importante um título de campeão carioca de 2023 (título que pouco representa) e outro de campeão da Copa Libertadores. Só que, na decisão deste importante torneio do futebol sul-americano, o Fluminense de Diniz enfrentou o fragilizado Boca Juniors, da Argentina, que está tão mal das pernas, que nem se classificou para a Libertadores deste ano.
Dorival, ao contrário, ganhou títulos importantes e contra adversários difíceis. Na Copa do Brasil, por exemplo, passou por cima de Palmeiras (o melhor time brasileiro), Corinthians (que tem forte rivalidade com o São Paulo) e Flamengo (com vitória no Maracanã e empate no Morumbi).
DORIVAL SABE COMANDAR GRUPOS
E tem mais. Dorival sabe comandar um grupo. Onde ele trabalha, todo o elenco gosta dele (a amizade entre ele e seus jogadores continua mesmo depois que ele deixa o clube que dirige). Além disso, Dorival não é um técnico de um esquema só, como Diniz. Ele monta seus esquemas sempre aproveitando as características de cada jogador (o que sempre foi o ideal).
Sei que hoje em dia o Brasil não tem super craques como no passado. Ainda assim, da forma como Dorival trabalha (aproveitando mais o coletivo do que o individual dos times que dirige), sua presença no comando da Seleção Brasileira tem tudo para dar certo. Ele é competente e certamente montará uma seleção confiável, ao contrário daqueles que o sucederam.
Pelo que já falou sobre seu novo trabalho, ele vai convocar tanto jogadores que atuam no Brasil ou na Europa, ao contrário do que fizeram Tite e Diniz, só para citar dois exemplos. Desta forma, terá boas possibilidades de montar um bom time, que dará muito trabalho aos seus adversários na Copa do Mundo de 2026. Mas antes de chegar lá, terá de garantir uma vaga nas Eliminatórias Sul-Americanas, que já começaram, e onde o Brasil , por culpa exclusiva de Fernando Diniz, está em sexto lugar na tabela de classificação.
Mesmo assim, acredito que o time brasileiro vai se classificar e irá para o próximo Mundial com boa chance de fazer uma boa campanha. E já que falamos em Eliminatórias, o Brasil só voltará a participar delas, dia 5 de setembro, contra o Equador, no Brasil. Antes disso, fará dois bons amistosos. Dia 23 de março contra a Inglaterra, em Londres e dia 26 contra a Espanha, em Madrid. A convocação para estes dois amistosos na Europa será feira no dia primeiro de março, na sede da CBF, Rio de Janeiro.