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Blog do Ari – Ainda é possível contratar sem gastar muito

Por ARIOVALDO IZAC

Campinas, SP, 8 (AFI) – Na postagem anterior, quando recapitulei a história do saudoso ponta-de-lança Berico, do Guarani, citei que no passado os clubes de Campinas se municiavam de bons olheiros para indicações de jogadores, e parte significativa deles sem interesse comercial.

A rigor, quem deixou de conferir a publicação sobre Berico, também pode acessá-la na coluna Cadê Você, no link https://blogdoari.futebolinterior.com.br.

Se elogiei espertos cartolas do passado, capazes de descobertas de jogadores ‘promessas’, e sabiam buscá-los para que se transformassem em realidade – como o ponteiro-direito Lúcio, na Ponte Preta, e Edilson Capetinha, no Guarani -, de vez em quando eles também ‘pisavam’ na bola.

CEBOLINHA

Na década de 90 do século passado, quando rotineiramente eu participava de ‘rachões’ no clube Cecojam, no Jardim Amazonas, em Campinas, de repente surgiu por lá um garoto meia-atacante apelidado de ‘Cebolinha‘, de incrível habilidade.

Para ser coerente com os clubes de Campinas, propaguei-o na mídia local, acentuando que ele estava dando ‘sopa’, mas como ‘roncaram’ por aqui, eis que espertos observadores do União São João de Araras vieram buscá-lo, e ele se transformou no principal jogador da equipe.

EMPRESÁRIOS

Claro que foram inevitáveis as transformações administrativas da modalidade com a chegada da Lei Pelé, pois escancaram os espaços para os chamados empresários do futebol, que ‘vigiam’ garotos ainda nas categorias de base, com finalidade de amarração de contratos, e assim dominam o mercado.

Pior da história é que dirigentes de clubes ficaram reféns deles e confiam cegamente nos atletas indicados, e ainda pagam altas comissões.

Todavia, nem tudo está totalmente perdido para se realizar alguns empreendimentos satisfatórios do ponto de vista técnico-financeiro.

Erick Pulga: Do Ferroviário ao Ceará e depois Bahia. Foto: Bahia – divulgação

ÉRICK PULGA

O hábito de assistir jogos de campeonatos regionais ainda resulta em algumas surpresas.

Foi assim que vi o atacante de beirada Érick Pulga ainda no Ferroviário cearense, anos atrás, e fiz uso deste espaço para alertar os cartolas do clubes de Campinas sobre as qualidades do atleta, contratável à época.

Adiantou?

Claro que não!

Quatro meses depois o Ceará tratou de buscá-lo, e recentemente o Bahia pagou cerca de R$ 20 milhões para tê-lo no elenco.

MENDES

Início desta temporada, vendo alguns jogos do clube Santa Catarina, no campeonato daquele estado, cravei aqui que o meia Mendes – que saiu direto do amadorismo para aquela agremiação – era diferenciado, e, sem um calendário nacional que pudesse prendê-lo, de certo não haveria objeção se cogitassem emprestá-lo e com salário baixo.

Alguém se mexeu?

Claro que não!

Pois o Avaí, atento às qualidades do atleta, o buscou por empréstimo. Lá se chama Gabriel Mendes.

INFECÇÃO NOS RINS

E se não se ouve falar do desempenho dele no bem colocado Avaí na Série B do Brasileiro, saibam que ficou afastado do elenco no início da competição, pois ficou até hospitalizado, devido à infecção nos rins, voltando a ser aproveitado nas três últimas rodadas, quando requisitado para entrar no transcorrer do segundo tempo.

Esses indicativos mostram que, apesar das dificuldades, ainda é possível se conseguir bons negócios e sem tirar a bunda da cadeira.

Coloquem gente competente para assistir jogos neste Brasil afora.

Uma coisa ou outra vai aparecer

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