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Trocas de técnicos movimentam a Série C; Botafogo-PB, Guarani e Retrô lideram a lista

Campinas, SP, 15 (AFI) – A primeira fase da Série C do Campeonato Brasileiro se aproxima do fim, e junto com a reta decisiva vêm as mudanças no comando técnico. Pressionados por campanhas irregulares e pela necessidade de ajustar o rumo da temporada, alguns clubes já somaram três treinadores diferentes no banco de reservas. Botafogo-PB, Guarani e Retrô encabeçam essa relação, e o Figueirense está prestes a se juntar ao grupo.

No Botafogo-PB, a aposta inicial foi em Antônio Carlos Zago, contratado com status de reforço de peso após passagem pelo The Strongest. A parceria, no entanto, durou apenas seis jogos e rendeu uma vitória. Márcio Fernandes foi o escolhido para a sequência, mas também não engrenou, repetindo a marca de um triunfo em seis partidas. A solução foi recorrer a Evaristo Piza, velho conhecido da torcida. Com ele, o rendimento melhorou: em cinco jogos, o Belo já venceu três vezes.

O Guarani também viveu instabilidade na área técnica. Marcelo Souza iniciou a campanha, mas caiu logo após a segunda rodada, pressionado por maus resultados no Paulista e na própria Série C. Marcelo Fernandes assumiu e teve bom começo, mas a série de cinco partidas sem vitória resultou em nova troca. O atual comandante é Matheus Costa, ex-Ypiranga-RS, que estreou empatando com a Ponte Preta no dérbi e venceu seu antigo clube logo na rodada seguinte.

No Retrô, o trabalho começou com Milton Mendes, desligado após derrota de virada para o Caxias na 5ª rodada. Wíres Souza, que havia sido interino no Pernambucano, foi efetivado, mas permaneceu apenas quatro partidas — com uma vitória — antes da diretoria recorrer novamente a Itamar Schülle, campeão da Série D de 2024 pelo clube. Desde a sua volta, os resultados têm sido discretos: nove jogos, uma vitória, cinco derrotas e três empates.

MAIS CASOS!

O Figueirense está prestes a entrar no grupo dos que mais trocaram de treinador. A equipe iniciou a Série C com Thiago Carvalho, que caiu após a 3ª rodada. Pintado assumiu, mas uma sequência de cinco jogos sem vencer encerrou sua passagem. O substituto, Elio Sizenando, veio por empréstimo do Capivariano e terá as últimas três rodadas para tentar salvar o time. Sua estreia será contra o São Bernardo.

Outro caso curioso é o do CSA, que viveu um “vai e volta” no comando. Higo Magalhães começou o torneio, foi demitido na 14ª rodada após derrota para o Londrina e deu lugar a Márcio Fernandes. Quatro partidas depois, com apenas uma vitória, a diretoria decidiu trazer Higo de volta — apenas 14 dias após a saída — para tentar recolocar o Azulão na Série B.

A “dança das cadeiras” também marcou a competição, com treinadores trocando de clube dentro da mesma Série C. O exemplo mais recente é o de Marcelo Fernandes, que deixou o Guarani e logo assumiu a Ponte Preta, principal rival. Com a disputa por classificação e contra o rebaixamento acirrada, as mudanças no banco devem continuar influenciando diretamente o desfecho da primeira fase.

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